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Web Summit Rio: a estratégia por trás do streaming no Brasil

As plataformas de streaming estão investindo em valor agregado, publicidade e produções locais para atrair e reter audiência no Brasil. Estratégias como pacotes acessíveis com anúncios e parcerias regionais são essenciais para competir no mercado.

Durante o Web Summit Rio, uma das sessões mais aguardadas abordou o futuro da indústria de streaming em meio à crescente concorrência no mercado brasileiro. Com a presença de executivos de peso, como João Mesquita, diretor do Amazon Prime Video, e Manuel Belmar, chefe de Produtos Digitais e CFO da Globo, a conversa destacou os principais desafios para engajar espectadores, a evolução dos modelos de negócios e o papel estratégico da publicidade no crescimento das plataformas.

Foto: Reprodução/Youtube/Web Summit Rio

Valor agregado: a chave da retenção

João Mesquita reforçou que, diante de um mercado cada vez mais competitivo, o valor agregado é uma ferramenta fundamental para reter assinantes. No caso do Amazon Prime Video, o serviço vai além dos filmes e séries, oferecendo também acesso a Kindle, Amazon Music e benefícios para compras na Amazon. “Nosso objetivo é construir uma proposta de valor tão forte que vá muito além do vídeo”, destacou.

Publicidade como estratégia de crescimento

Outro ponto debatido foi a necessidade de encontrar formas sustentáveis de financiar a produção de conteúdos cada vez mais qualificados, sem repassar custos excessivos para o consumidor. Uma solução apontada é a inclusão de anúncios nos pacotes de streaming.
“Precisamos de dinheiro para melhorar o conteúdo e esse valor não pode simplesmente ser repassado para o consumidor, senão seria absurdo. Percebemos que, se o pacote for mais acessível, as pessoas aceitam anúncios sem grandes problemas”, afirmou Mesquita.

Essa estratégia vem sendo adotada por grandes players como forma de equilibrar a balança entre custo, qualidade de entrega e acessibilidade.

Produções locais ganham protagonismo

O investimento em conteúdo local foi outro tema central da discussão. Como decidir quais produções merecem investimento? E como saber se elas têm potencial para se tornarem fenômenos nacionais — ou até internacionais?

“Essa é a pergunta de um milhão de dólares”, brincou Mesquita. Ele ressaltou que o próximo grande sucesso global provavelmente virá de produções fora dos Estados Unidos, e o Brasil já apresenta exemplos promissores, como a série “Cangaço Novo”.
“Estamos aprendendo a ir além, entendendo o que realmente faz sentido para o cliente local. Para isso, utilizamos parceiros locais como hubs criativos que complementam nossa oferta”, explicou.

A Globo, representada por Manuel Belmar, também compartilhou sua visão sobre a importância de valorizar a cultura e as narrativas brasileiras para diferenciar suas plataformas no mercado.

O futuro do streaming é cada vez mais local — e conectado ao consumidor

A sessão deixou claro que, para se destacar na nova era do streaming, é preciso combinar valor agregado, inteligência no uso da publicidade e forte investimento em conteúdos locais e relevantes. O futuro passa, cada vez mais, por entender profundamente as preferências dos públicos e entregar experiências que vão além do entretenimento.

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